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Política

Tensão, racha e indefinição: os bastidores da convenção do MDB no ES

Rose ergue a mão de Lelo após empate: clima não estava dos melhores

Publicada em 22/09/23 às 09:50h - 272 visualizações

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Tensão, racha e indefinição: os bastidores da convenção do MDB no ES
 (Foto: estadoemfoco)

Não há definição – e nem previsão de quando haverá – sobre quem irá comandar o MDB nos próximos dois anos. A convenção de ontem (21) terminou em empate entre os dois pleiteantes – a ex-senadora Rose de Freitas e o ex-deputado Lelo Coimbra receberam 27 votos cada –, numa apuração que contou com doses de tensão a cada voto revelado.

Na verdade, a tensão estava desde o início. Os dois candidatos tentaram passar um ar de tranquilidade, de otimismo, mas os ânimos começaram a mudar com o atraso pra iniciar a convenção, que estava marcada para começar às 10h, mas só iniciou 1h20 depois.

Não havia consenso sobre como seria feita a chamada dos delegados que votariam. Rose decidiu que chamaria um por um – a começar pelos titulares – de cada município apto a votar, disposto em ordem alfabética. A decisão contrariou Chico Donato, militante ligado a Lelo.

Donato, por várias vezes, foi até a mesa, onde estavam a urna, os advogados e a lista de presença, para questionar Rose, que chegou a ficar irritada e chamou a atenção dele no microfone. Lelo teve de intervir, pedindo calma ao aliado.

A convenção foi bastante concorrida. Apenas três municípios não compareceram para votar. Por volta das 13h30, após um breve intervalo aguardando os ausentes, começou a apuração.

Por várias vezes, Rose e Lelo se revezaram à frente dos votos e nenhum ficou à frente do outro por mais de três votos. Ao final da contagem, com o resultado do empate, teve início o impasse.

Rose chamou Lelo num canto para conversar sobre a situação. Ela disse que a prerrogativa de tomar posse seria dela, pelo critério de idade, já que é mais velha que Lelo. Mas que ela não queria comandar a legenda dessa forma.

Após uma breve reunião, os dois disseram que levariam o caso à Nacional para um entendimento. Rose disse que queria compor, mas deixou bem claro que a composição seria com ela à frente da legenda, por conta da prerrogativa da idade.

Já Lelo evitou dar soluções para o imbróglio. Disse que todas as possibilidades estavam na mesa e que iria esperar o posicionamento da Nacional. Sua chapa, porém, contestou a prerrogativa da idade levantada por Rose, disse que o presidente deveria ser o mais velho do diretório – no caso, seria um integrante da chapa do Lelo, o aposentado José Maria Pimenta, de 76 anos sendo mais de 40 no MDB.

“Só é presidente depois que elege a Executiva, o estatuto do partido diz que quando há empate, o membro mais idoso do diretório assume para eleger a Executiva”, disse Pimenta.

A convenção mostrou que o partido está dividido e seja quem for o escolhido para comandar, terá trabalho para unir e reconstruir a legenda.

O ex-deputado Marcelino Fraga estava na primeira fileira da convenção, acompanhando tudo de perto e gritando em defesa de Rose. Ele disse que, independentemente de quem levar, vai voltar ao partido.

No ano passado, ele deixou a legenda em busca de uma sigla com uma chapa mais competitiva para poder disputar uma cadeira à Assembleia. Ele foi para o PSDB, mas acabou não sendo eleito.

Marcelino passou anos brigando com Lelo pelo comando do partido e até hoje não sentou para conversar com o antigo adversário sobre esse tempo. Mesmo se Lelo voltar ao comando, ele disse que retorna ao MDB.

“Nunca conversamos depois. Hoje eu tenho uma boa relação com a Nacional e com o município, eu entro pelo município e não pelo Estado”, disse o Marcelino, que tem reduto em Colatina e já está trabalhando na montagem da chapa de vereadores do MDB da cidade.

A ex-deputada Luzia Toledo também acompanhou a convenção e disse à coluna que também quer voltar ao MDB, partido em que ficou filiada por 20 anos. Ela tem intenção de concorrer ano que vem a uma vaga de vereadora de Vitória. “Gostaria de concluir minha vida política onde comecei, como vereadora de Vitória. Mas não está batido o martelo”.

Porém, ela só volta se Lelo assumir o partido. Ontem ela estava na torcida por ele. “Depende muito do resultado. Só volto com o MDB organizado porque hoje não tem um núcleo funcionando. Eu quero o partido vivo, estou torcendo pelo Lelo”, disse Luzia.

Ela disse que continua amiga da Rose, apesar da torcida pelo adversário. “Acho que a Rose tem um legado fantástico, mas partidariamente, faltou organização, faltou conversar com os membros históricos, criar o elo verdadeiro que sempre tivemos”.

O presidente estadual do Partido Novo, Iuri Aguiar, e o secretário de Governo de Vitória, Aridelmo Teixeira (Novo), também marcaram presença na convenção, mas não se demoraram.

Foram, principalmente, para cumprimentar Lelo Coimbra, que já sinalizou uma aproximação com o prefeito de Vitória, Lorenzo Pazolini (Republicanos).

Aridelmo tem feito algumas conversas com partidos e o MDB está na mira para tentar selar uma aliança visando as eleições do ano que vem – leia-se, apoio à candidatura à reeleição de Pazolini.

OLHA A CONFUSÃO

Durante a votação teve um princípio de confusão quando o primeiro suplente de delegado de Colatina chegou para votar e ficou sabendo que o 2º suplente já tinha votado em seu lugar. Ele chegou por volta das 12h20, viajou de Colatina para Vitória apenas para a convenção, e voltou sem dar seu voto.

OLHA A CONFUSÃO II

Mas o caldo entornou mesmo após a apuração, quando um delegado de Pedro Canário disse que foi impedido de votar. Ele apoia Rose e seria o voto de desempate, se tivesse votado.

Porém, a situação de Pedro Canário, segundo funcionárias do MDB, era de que o diretório não estaria apto para participar da votação e nem constaria na lista do TSE como regularizado.

Tanto que ele nem constou na chamada que Rose fez durante a convenção. Por várias vezes ela repassou a lista e frisou que apenas Ecoporanga, Rio Novo do Sul e São Mateus não tinham votado. Pedro Canário não foi citado na listagem.

FRUSTRAÇÃO

Tanto Rose quanto Lelo estavam confiantes de que iriam vencer. A coluna, ao saber que 54 votos foram dados, chegou a questionar Lelo sobre o que ocorreria em caso de empate. “Não vai dar empate”, ele disse, otimista. A frustração foi grande ao ser anunciado que não houve vencedor.




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