“Eu joguei elas no rio (sic). Mas eu amava as minhas filhas. Também amava a mãe delas. Eu quis voltar para ela, e ela não quis”. Esse foi o argumento do pedreiro Wilson Barbosa, preso horas depois de ter jogado as duas filhas, uma de 2 e outra de 4 anos, da ponte que liga Nova Almeida a Fundão.
O pedreiro Wilson da Conceição Barbosa, acusado de matar as filhas Luciene da Conceição Barbosa, 4 anos, e Luciana Dortes Barbosa, de 2 anos, vai a júri popular. A juiza Carmen Lúcia frisou que a demora para se chegar a uma decisão se deve ao resultado do exame psiquiátrico, requerido pela magistrada em julho de 2010.
A juíza da da 3ª Vara Criminal da Serra, Carmen Lúcia Correa, também manteve a prisão do assassino. De acordo com a decisão, um conjunto de circunstâncias conhecidas e provadas tornam plausível a acusação. Além disso, depoimentos de testemunhas trazem fortes indícios contra o acusado.
“os indícios são de que as vítimas não tinham condições de se defender por suas próprias condições físicas, posto que, se encontravam na primeira infância; que morreram por asfixia decorrente de afogamento, meio cruel, e o crime teria sido praticado pelo réu para se vingar da mãe das vítimas que se recusou a manter com ele uma relação amorosa,
motivação torpe”.
Curiosos na ponte sobre o Rio Reis Magos de onde o pedreiro Wilson da Conceição Barbosa, 37, jogou as filhas Luciana Dortes Barbosa, 02 anos e Luciene da Conceição Barbosa, 04, no rio
De acordo com a juíza, o exame psiquiátrico concluiu que o acusado tem longo histórico de abuso de álcool e vários anos de uso de crack e “dependência leve a moderada de álcool e crack”.
Entretanto, no dia do crime, cita o aludo, o pai das meninas não estava embriagado ou drogado. Ele teria admitido que matou as filhas para se vingar da ex-mulher.