A cena é clássica, num corredor do shopping center a criança se joga no chão e começa a fazer chilique. O que os pais devem fazer? Repreender a criança ou deixá-la fazer a pirraça? Chilique, amigo imaginário, agressividade… Pais, podem ficar calmos que essas reações são normais na vida das crianças.
Para a pedagoga Teresa Spinassé, esses sinais são atitudes normais e que toda criança faz. “Porém, os pais não devem achar sempre bonito, e o trabalho deve ser por meio da conversa. O amigo imaginário é normal, algo fantasioso, mas tem um limite”, explica.
Conversa
A economista Elizabeth Merlo viveu sinais de alerta com os dois filhos. Com o Felipe Merlo Dessaune, de 11 anos, viveu a experiência das pequenas mentiras. “Com 10 anos, ele teve a fase das mentiras que descobríamos com facilidade. Conversamos com ele, alertando que aquelas atitudes não eram bacanas e, com isso, ele parou”.
Já com a Grabriela Merlo Dessaune, de 6 anos, o que mas marcou foi a pirraça. “Ela fez em supermercado, shopping e na rua. Eram atitudes de não querer entrar no carro, de sair de perto. Até os 3 anos, ela fez muita pirraça, mas também resolvemos com muita conversa. A gente sentia que ela fazia isso para chamar atenção. Por isso, fomos ficando cada vez mais juntos, inclusive nas brincadeiras”, conta a mãe.
A psicóloga e professora universitária Patrícia Rocco diz que essas atitudes são normais, desde que não se tornem muito recorrente. “Quando foge do que é esperado, os pais devem ficar alerta e tentar entender o que a criança está querendo dizer com aquelas atitudes”, diz.