No Congresso, senadores e deputados federais do Rio e Espírito Santo também se mobilizaram em protestos.
Na segunda-feira, Casagrande conversou por longo tempo, por telefone, com a presidente Dilma Rousseff, que, vaga, nada revelou. Ele pediu a intervenção pessoal da presidente na condução do imbróglio. “A presidente não deu certeza do caminho que vai seguir, mas nosso papel é persistir. Pediu que eu e o governador Sérgio Cabral (Rio) aguardássemos uma posição dela”?.
Dilma respondeu que está “preocupada com a crise internacional” e conversa com ministros. Pediu diálogo com não produtores, mas ouviu de Casagrande que isso não surtiu efeito em todos esses meses.
O projeto que redistribui as receitas passou pelo Senado e chegou à Câmara, onde as bancadas do Rio e Espírito Santo articulam manobras para evitar a aprovação do texto.
Divididas em grupos de trabalho, as bancadas dos produtores ainda têm na manga um mandado de segurança coletivo a ser ajuizado no Supremo Tribunal Federal para barrar qualquer projeto em curso no Congresso que trate de royalties. Fora isso, Espírito Santo e Rio devem fazer protesto público no dia 10.
Ontem, o presidente da Câmara, Marco Maia, quequer votar a matéria na segunda semana de novembro, rejeitou encontro com bancada de produtores.
O Rio sugeriu a criação de uma comissão especial para tratar dos royalties, adiando a votação e o regime de urgência. O senador Ricardo Ferraço só mesmo vislumbra alternativa num veto de Dilma Rousseff.

Com deputados do Rio, o senador Magno Malta fez em plenário um protesto pedindo o veto ao projeto de Vital do Rêgo. Nas camisas, os dizeres: “Dilma, mantenha o acordo do Lula”.